Magia e Poder





A explosão acorda a linda mulher que dormia entre lençóis de cetins, não era a primeira vez que seu amante a despertava com acessos de fúrias, mas atualmente, tinha se tornado mais frequente. Espreguiçando como uma gata, seus sedosos cabelos verdes caem sobre seu rosto, emoldurando o mesmo de forma mágica e contrastando com seu leve sorriso, aos poucos ela abre seus lindos olhos verdes de rubi e levanta o tronco do corpo, fazendo com que os lençóis escorreguem, demonstrando seus seios fartos e corpo escultural.
Longe do castelo, uma silhueta esguia, com longas tranças multicoloridas, destrói a paisagem a esmo.
De repente, a mulher de olhos verdes surge do nada, usando apenas tiras como roupas.

Justiça e Poder




Uma silhueta pairava a certa altura, para aqueles seres titânicos, ele estava a poucos metros, mas para qualquer outro ser, era uma distancia inimaginável...
                O homem que flutuava, ostentava tatuagens tribais por todo o seu dorso nu, joias variadas pendiam dos seus dedos e pescoço, seus longos cabelos trançados, multicoloridos, caiam pelas suas costas, porem algumas tranças pareciam não se dobrar perante a gravidade e flutuavam sem direção a sua volta. Um sorriso de lado, meio psicótico, estava estampado em seus lábios e seus olhos transmitiam um misto de prazer, fúria, arrogância e prepotência enquanto fitava o solo.
               
 Logo a baixo, um homem de armadura quase completa, faltando apenas o elmo, mantinha-se de pé, sua postura era um equilíbrio perfeito, nem relaxado demais, nem tensa demais, seus longos cabelos negros emolduravam seu rosto austero, sem que nenhum fio se desorganizasse, seus olhos, que fitavam o home que flutuava, demonstravam uma determinação impar, um senso de justiça inimaginável e, bem no fundo, uma alegria por aquele combate.
                Mais impressionante do que a figura do homem, era a espada larga que ele trazia em sua mão direita, Seu cabo, lamina e adornos traziam uma beleza e ferocidade inigualável, mas, de alguma forma, todo o seu design era de um equilíbrio perfeito, com igualdade em cada ponto da sua criação. Na mão esquerda do homem, um grande escudo  com a figura da espada e uma balança completava a figura imponente.


                A uma certa distancia, uma senhora de idade e  um guerreiro irritadiço observam o combate.
                - Desista Kally, você não pode vencer a Justiça! – Gritou o homem de armadura.
                - Não existe justiça sem poder Khal ! – Pronuncia Kallyandranoch após uma gargalhada – Sem poder, você não faz justiça!
                Ao dizer isso, Kallyandranoch abre sua mandíbula mostrando seus dentes serrilhados, as veias de seu pescoço crescem e pulsam, surgindo assim, do fundo da sua garganta, uma baforada multicolorida formada por todos os elementos da criação, tão poderosa que poderia destruir mundos.
                Antes da rajada acerta Khalmyr, ele posiciona sua perna direita um pouco para trás, flexiona os joelhos e levanta o escudo, seu corpo é envolto pela energia que causa uma explosão inimaginável, um clarão descomunal e levanta uma fumaça em forma de cogumelo.
                - O que você faz aqui Tanna-Toh? – diz o guerreiro irritadiço, enquanto fita o combate – Pensei que você não gostasse de lutas?
                - O combate e a guerra também contem conhecimentos, não é Keen? – a voz serena de Tanna-Toh alcançou com dificuldades o ouvido de Keen, por causa da explosão – E você não gostaria de saber quem é mais forte?
                - Não me importo quem é mais forte, só quero ver um bom combate, faz mais de 4 bilhões de anos que não vejo deuses se digladiando. – Diz Keen.
                Antes do fim da baforada de Kally, Khalmyr salta por dentro da mesma, surgindo à frente de seu oponente, ele levanta Rhumnam e golpeia de cima para baixo, enquanto a espada desce, ela deixa um corte na realidade.  Kally move-se para a esquerda no ultimo segundo, desviando do golpe, mas perdendo uma de suas tranças, usando a energia do movimento, ele gira seu corpo golpeando Khalmyr no rosto com suas garras. Khalmyr consegue afastar o rosto e recebe apenas um arranhão, mas Kally continua o giro e acerta um chute em cheio, no mesmo momento que Khalmyr o golpeia com o escudo.
                Os dois saem voando até que se chocam com o chão, causando uma devastação no local onde caem.
                Khalmyr levanta impecável, nenhum fio de cabelo fora do lugar, porem, 4 arranhões, simétricos, deixam filetes de sangue escorrendo por sua bochecha.
                - Essa batalha nunca vai ter fim. – Diz o deus da justiça enquanto os arranhões desaparecem. – Nossos poderes são equivalentes.
                Kally levanta com um filete de sangue escorrendo pelo canto da sua boca.
                - O que foi irmãozinho, tem medo de me enfrentar por toda a eternidade? – Kally limpou o canto da boca cm as costas da mão.
                - Não, só acho desnecessário de combater irmão.
                - Eu tenho um conhecimento que pode solucionar isso. – Disse Tanna-Toh com brilho nos olhos.
                Os dois deuses olharam para a senhora com espanto, não tinham percebido a presença dela e de Keen, em seguida teletransportaram-se para próximo da deusa.
                - Oceano descobriu uma forma de moldar as Lagrimas de Lena e gerar seres vivos, estes seres passaram a venerar o Oceano, criando até um nome para nos definir, Deuses! – A empolgação era facilmente captada na voz de Tanna-Toh.
                - Isso não importa Tanna-Toh, conte como podemos resolver nossa disputa? – Disse Kallyandranoch rispidamente.
                - Calma jovem, é isso que estou fazendo. – Tanna-Toh fitou Kally com um olhar de reprovação que vemos em professores que repreendem um aluno. –Estes seres passaram a venerar o Oceano e isto tem dando mais poder a ele, talvez por eles terem um pouco da essência de Lena em cada um.
                Os olhos de Kally brilharam com todas as cores.
                - É assim que conseguirei mais poder que você Khal, vou criar uma raça perfeita, tão poderosa que será invencível! – Ao dizer isso, Kallyandranoch desaparece.
                - A justiça esta acima desses seres vivos Tanna-Toh, é um dom que eu vou oferecer a toda criação, todos os seres vivos, de todas as raças, que venerarem a justiça estarão me venerando. – Disse Khalmyr enquanto desaparecia.
                - Allihanna já começou a moldar suas vidas e tem se tornado cada vez mais poderosa, e você Keen, o que vai fazer agora? – Disse Tanna-Toh virando-se para o deus da Guerra.
                - Se a justiça pode ser levada a todos os seres vivos... eu irei levar a guerra! – Keen também desapareceu enquanto gargalhava.
                Sozinha Tanna-Toh sorria, até que ela fala em voz alta.
                - Você tinha razão Nimb, dividir esse conhecimento com eles trouxe mais possibilidades de aprendizado, agora estou curiosa, quem vai vencer? O que é mais forte, justiça ou poder?
                Um jovem, de terno, chapéu coco e bengala, surge em frente à deusa do conhecimento, sua postura é exemplar como a de Khalmyr, ele tira seu chapéu, curva-se e recoloca o chapéu, faz isso dez vezes consecutivas depois fala com uma voz fina, destorcida:
- Sim Tanna-Toh, tão caótico não? Arriscamos tanto por uma simples richa, será que algum deus irá morrer com isso? – Nimb se recompôs, sumiu e apareceu mais 10 vezes, depois deixou Tanna-Toh, que fitava o horizonte com os olhos brilhando.

Autor: Lário Diniz




Inspiração: Musicas tocadas com instrumentos Medievais!

Depois da longa aventura, vocês entram na Taverna e pedem uma cerveja... Entre uma caneca e outra o silencio paira e um grupo de bardos começam a cantar uma antiga musica Anã...






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